quarta-feira, 13 de julho de 2011


Eu vejo tudo. À volta, onde estás. Então, vem-me. Vem, à mim. Deixa-me fazer-te propriedade minha, assim como esse barraco, os dois guardados logo atrás, e este maço meiado. Venha cá. Preencha-me, como foi à pouco tempo, com este, reluzente, cinzeiro. Escreve, à mão, em mim, palavras do teu antigo epitáfio. Do passado, do que foi. Do amor, da perda. Das garrafas vazias, ao pé da mesa. Pede por mim, como os pássaros que rondam, por migalhas. Vem ser, absurdamente, minha, assim como estas comparações. Metodicamente, peço. Ordeno.

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