sábado, 4 de junho de 2011


Como num diário íntimo, te faço e refaço, te traço e te bordo, e pinto, e contorno, e coloco todos os traços dos artistas de cinema, e coloco um sorriso nessas linhas que são tuas, e que só sabem descrever-te. Eu te trago nos momentos que bem quero, porque a poesia é livre, e vem em minha porta mesmo que tu não queiras, mesmo que tenta fazê-la prisioneira dos teus encantos. Eu te canto no banho e te lanço nos meu mais profundos laços de consideração. Escrever, meu bem, é recuperar-te. Escrever é, ao mesmo tempo, torná-lo escravo livre: escravo, por sempre estar fixo neste papel rabiscado; livre, porque poesia sabe como é que se voa.

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